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sexta-feira, 30 de julho de 2010

CHICO


“A história de um homem não cabe em um filme”




Ontem finalmente assistimos Chico Xavier.
O filme já começa quebrando tudo.
Vemos uma criatura que caminha entre dois mundos com a maior naturalidade que lhe é possível. Recebe
 o carinho da mãe falecida, e por ser muito menino, sofre com as agruras da difícil vida que leva e o tormento que é ter um dom e não saber o que fazer com ele.
Sempre foi incompreendido, criticado , zombado, tendo que exercer desde muito cedo, o difícil exercício da humildade.
O filme não tem a pretensão de arrebatar novos seguidores da doutrina espírita, nem de provar nada a ninguém. Nem mesmo Chico teve essa pretensão.
Sua vida foi pautada por sacrifícios.Um homem que renunciou a própria vida pelo bem do seu próximo. Um homem que não cabia dentro de si.
A espiritualidade de Chico lhe era algo tão inerente, que ele não teve escolhas. E mesmo que tivesse, não teria pensado nelas.
Mais do que qualquer coisa, o filme fala do poder transformador da bondade, do exercício quase físico da humildade, de ver no outro, o melhor que reside nele.
Chico Xavier era luz e caridade.
Uma coisa que a gente vê e se emociona.
Mas muita gente com certeza vai criticar o filme. Afinal, a gente olha, e ao analisar, inevitavelmente concluímos que somos criaturas cheias de falhas, orgulho, soberba, amor próprio exacerbado, sempre pensando que devíamos ter mais do que temos, sempre pensando que nossa dor é maior que a do nosso irmão, sempre nos julgando sim, melhores que os outros.
Chico era um guia espiritual, um facho de luz em meio às trevas. Um ícone, incomparável.
Mas porque não concluir que cada um de nós tem em si a capacidade para exercitar o bem?
Infelizmente é mais fácil venerar o brilho do diamante lapidado do que lapidar a pedra bruta em nós.
Assistir Chico Xavier faz com que reflitamos o quanto é necessário nos reconstruirmos todos os dias e sempre mais e mais. Nos faz pensar na capacidade que existe dentro de cada um de nós de sermos melhores, de praticarmos o altruísmo, de ver a beleza em todos os lugares, mesmo onde ela não exista.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

LIGA, LULA!




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ESSE MUNDO, É NOSSO! TOMEMOS POSSE DELE!
O HOMEM NAO SABE A FORÇA DE UMA CORRENTE.
É LEGAL FALAR DE VIAGENS E FESTINHAS, MAS A VIDA É MUITO MAIS QUE ISSO.
VAMOS, DEIXE DE BOBAGEM, JUNTE-SE E MOSTRAREMOS DO QUE SOMOS CAPAZES.
EU AINDA NAO PERDI A FÉ NA HUMANIDADE.
SERÁ QUE DÁ PRA CONTAR CONTIGO?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quem luta com monstros deve velar para que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro.
E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti. (Friedrich Nietzsche)

domingo, 18 de julho de 2010




FLORES PARA MINHA AVÓ


O vento estava forte e gelado. 
Um velório de alguém querido, numa tarde praticamente sem sol e eu com uma malha fina, despreparada para a mudança de temperatura.
À noite, ao retornar pra casa, sentia o corpo dolorido, a cabeça pesada e não tinha ânimo sequer para tomar um banho quente, um bom analgésico e me deitar embaixo das cobertas.
Criei forças e entrei no chuveiro , afinal, banho é um dos maiores luxos que desfrutamos sem nem ao menos nos darmos conta .
Entrei embaixo das cobertas e comecei a chorar.
Ele ficou preocupado, quis saber o que se passava, afinal eu não ia chorar por sentir frio ou dor de cabeça.
-Eu quero a minha avó. Não quero que ela morra, não quero...
-Mas sua avó está bem, Xú!
-Não, ela está velhinha e logo vai embora, eu sei...
-Não, Xuxú, sua avó é forte, espere aí que vou te preparar um leite quente.
Lembro de tudo, toda a minha vida foi permeada por ela e por meu avô.
Desde que minha memória consegue alcançar, lembro -me que dormia com ela, em sua enorme cama de imbuia toda trabalhada em rococó.
Acordava-se cedo, vovô ia cuidar dos pescadores, abrir as peixarias, levar peixes pro Ceasa...
EU sempre acordava junto e pedia que ele me trouxesse uma asa de anjo, para que eu pudesse enfim voar. Mas ele sempre enfrentava contratempos espetaculares e nunca conseguia comprar a tal asa.
E para me consolar da falta de asas, ela me trazia o leite na cama.
Se  eu tinha tosse, lá ia ela, preparar o leite quente com açúcar queimado...
Quando eu tinha algum desarranjo, (hoje chama-se virose), ela fazia purê de batata e se eu não queria comer coisa alguma, ela preparava aquela panelada de costelinha de porco , arroz, feijão e batata frita.
E tinha uma panela preta, que não sei explicar como é que era, mas eram dois lados que se encaixavam e lá ela colocava pão com manteiga e ficava virando a panela de um lado pro outro, de modo que o pão ficava uniformemente torradinho.
Pão torrado com café preto.
Bolinho de chuva. EU ficava sentada, olhando extasiada, como pode ela ter aprendido essa mágica de fazer uma coisa virar outra? Aí, como se já não estivesse bom, ela jogava açúcar e canela por cima. Nem precisava chover... Era lá, o meu paraíso, o meu lugar de paz...
Ela fumava cigarro de palha. ...Esses dias fui ao mercadão e senti o cheiro de fumo de corda.
O cheiro da minha avó!
Cheiro é uma coisa incrível, né? Cheiro nos transporta!
Eu tinha bronquite e algum cabra desses bem safados, inventou de dizer que gordura de capivara curava qualquer bronquite. Tinha que ser dado pela manhã, junto com um pouco de café,que era pra ” enganar o gosto da gordura”. Como se alguma coisa no universo tivesse esse poder, de enganar o gosto da tal da gordura de capivara. Esse foi um dos motivos de eu não gostar de acordar cedo. Na verdade, eu queria era não ter que acordar nunca, pois acordar estava diretamente ligado àquele copo enorme de café com capivara. Mas como não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe, finalmente foi proibida a caça às capivaras e aquele foi um dia de festa, uma festa dentro de mim!!! Mas de todo modo, nunca mais tive bronquite.
Um dia, eu estava muito doente, (eu sempre estava doente, repare) com pouco mais de 6 anos, e lembro que por causa da nefrite, fiquei meses e meses sem comer sal e proteína. Fomos para uma cidade vizinha, maior e com mais recursos que a nossa, levar os exames pro médico ver. Ele leu tudo e me perguntou:
-O que você mais gostaria de comer agora?
-Carne de porco e batata frita e coca cola e sorvete de chocolate e Milk shake só se for servido naquele copinho que tenho da festa do sorvete.
-Só isso?
-Só.
Ele olhou pra elas e disse:
-Levem ela pra casa, e deixem que ela coma tudo o que tiver vontade de comer. É só isso o que vocês podem fazer por ela.
Acho que médico pensa que criança é tonta, né? Claro que entendi o que aquilo queria dizer. Mas não deixei de ficar feliz pela possibilidade de sentir o gosto da carne, da batata e da coca cola mais uma vez que fosse.
Enquanto minha mãe tentava disfarçar algumas lágrimas, minha avó se levantou, olhou pro relógio e disse:
-É cedo ainda. Saindo daqui agora, em duas hora estaremos em Bauru, e lá conheço um médico ótimo. Vamos, se levantem, temos que ir!
E foi assim que ela salvou minha vida.
Salvou a mim, amparou suas filhas, seus genros, seus netos....tooodos eles, todos!
Meu avô não teria conseguido passar a vida ao lado de uma mulherzinha. Tinha que ser exatamente como ela era, a fortaleza inabalável que ela era,uma mulher que não se enjoa e nem se cansa, pra poder fazer par com ele.
Verdadeiros Lampião e Maria Bonita de minha vida.
Ela, junto a ele, foi envelhecendo sem que déssemos conta disso.
Lembro de como era engraçado ficar naquele sofá da sala entre os dois, ouvindo a conversa acerca dos programas de TV. Ela explicava uma coisa, e apontava pra TV com aquele dedo indicador torto por causa da artrite , e conforme apontava pra TV, seu dedo indicava a porta da rua. Ele olhava, olhava, e como não ouvia direito, menos ainda entendia quando ela falava olhando pra TV e apontando pra porta da rua. Era um diálogo engraçadíssimo.
Ela se aborrecia por ele não entender e ele se aborrecia por ela não explicar direito.
-Você tá surdo, Américo!
-Pois deixa de ser besta, mulé!
-Eu to falando do Silvio Santos, olha na Mao dele, o maço de dinheiro!
-E eu to olhando! Lá fora, não tem nenhum verdureiro! Aaaaaara !Deixa de ser abestada!
-Seu avô tá caduco, tá vendo?
Eles se amavam tanto...Agora entendo isso. Ninguém consegue ficar uma vida toda junto, brigando, discutindo, divergindo, e sempre, sempre juntinho um do outro se não tiver amor demais.
Foi difícil pra ela. Muito mais pra ela do que foi pra todos nós, quando ele partiu.
Mas como não se tem outro jeito, ela continuou vivendo...
Hoje ela já não fuma mais seu fumo de corda, anda muito pouco e usa fraldas.
Todos nós juntos nunca daremos conta de fazer por ela , oque ela fez por cada um de nós.
Se eu choro? É claro que choro.
Estamos longe uma da outra e queria poder segurar suas mãos, como ela segurou as minhas.
E ainda queria ouvi-la dizer que pra tudo dá-se um jeito.
Queria poder mergulhar no seu mundo de contos e histórias de comadre e bolinhos de chuva e esquecer de tudo!
Como posso não chorar, sabendo que um dia ela não estará mais por aqui?
Ah, minha vozinha, essas linhas são pra você. Pra ficar registrado o quanto eu te amo.
Eis aqui as minhas flores pra senhora.
Receba-as e sinta seu perfume agora, que ainda estamos todos aqui.
Porque depois que você se for, eu não terei mais inspiração e
Sei que vai demorar muito pras flores voltarem a crescer no meu jardim...









quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tróia



Lívia está crescendo, e em meio a tantas dificuldades que permeiam educar sozinha uma filha de 11 anos de idade, vejo que existem também, momentos que compensam tudo.

Assistimos Tróia .
Ela, pela primeira vez, pelo interesse aguçado pelo professor de história.
Descobri que temos mais em comum do que o gênio indomável , alguns traços na face e o jeito de chorar.
Ela também sucumbiu ao caráter e a hombridade de Heitor .
Viu em Páris um menino mimado e apaixonado e em Aquiles, nada que vá muito além da beleza de Brad Pitt, que até então, ela, menina, ainda não havia observado.
A morte de Heitor, teve para ela, o mesmo pesar que carreguei comigo a vida toda. Creio ter sido o meu primeiro entendimento de que nem sempre o justo vence e que a Lei do mais forte, muitas vezes prevalece e que a vida é assim e pronto.
Sempre quis poder reescrever a história, ver Tróia inteira, em paz.
Penso que o universo precisa e sempre precisou de trégua, de um pouco de compreensão.
Guerra leva a Guerra, ódio gera ódio. São sentimentos cumulativos.
E afinal, não existe nenhuma Helena que justifique tanta desgraça, tanta dor , tanta morte e devastação.
Dez anos de guerra por causa de uma mulher, do orgulho ferido de um Menelau que não sabe perder e não sabe que amor, não se exige, não se compra. Amor se conquista, amor é algo que flui, ou não (apesar de sabermos que não se guerreou por 10 anos pela mulher de Menelau e os interesses pelo poder sobrepujaram o amor).
Aquiles , filho da deusa Tétis, que ao nascer teve seu corpo mergulhado e segurado pelos pés no rio Estige, é invulnerável. Algo como um troglodita semi-deus.
Heitor, um simples mortal, como eu e você. Porém, a meus olhos e também aos da Livia, o nosso herói. Irmão de Páris, que encaixa-se completamente na frase: O duro é roubar e não poder carregar.
Nessa história, a mais emblemática que tenho conhecimento, o amor de Páris e Helena perdem o foco e ele se volta justamente para a Batalha entre Aquiles e Heitor.
O primeiro, mais do que vencer a Guerra, quer a cabeça de Heitor, o assassino de seu pupilo Pátroclo (sim sim, sim….Até tu, Aquiles???). Heitor, na verdade, matou Pátroclo pensando se tratar de Aquiles, aquela máquina de matar a quem Brad Pitt emprestou sua beleza e algum sentimento, o aniquilador sanguinário, ou ao mais bravo guerreiro grego de todos os tempos. Como meu leitor preferir classifica-lo. Eu gosto de pensar em Aquiles como um homem com algumas qualidades, mas que deixa a vaidade dominar sua existência. Aquiles nunca guerreou por um ideal, por um Rei, ou uma nação. Aquiles guerreava por si , por seus feitos, pela imortalidade do seu nome através da história.
Para vingar-se de sua viuvez , Aquiles mata Heitor e todos temos nosso coração aniquilado ao ver e rever sua morte, a humilhação de ter seu corpo arrastado diante de toda uma Tróia, a Tróia que Heitor sempre defendeu digna e bravamente. Troia se vê imobilizada diante da dor de ver seu filho mais honrado perecer de tal maneira.
Depois, vemos um Príamo, que deixa sua coroa e sua dignidade e vai a procura de Aquiles, pedir o corpo do seu filho de volta, para que sua alma possa fazer a travessia com dignidade.
Que história é essa, meu Deus…
Então estamos diante de um Aquiles novamente humano, entrega o corpo de Heitor a seu pai, que volta com seu filho nos braços, dando a ele a oportunidade de descansar em paz.
E mesmo assim, veja você, somos humanos mesmo! Quando Páris resolve fazer algo de útil nessa trama toda, além de comer sua Helena, atira a tão famosa flecha, que acerta o calcanhar, justamente o calcanhar de Aquiles, a pequena parte que não foi banhada pelo rio Estige e portanto, não estava protegida pelos deuses.
Sempre penso nisso e não entendo porque Tétis não o mergulhou no bendito rio segurando-o pela orelha ou pelos cabelos. Afinal, ninguém morre pq teve a orelha atingida. Desconfio que Tétis era loira…
Enfim, eis que tomba o gigante . E a gente lamenta sua morte.
Vai entender o ser humano….Acho que fomos criados para a vida, para o bem viver, para o perdão.
Ninguem devia morrer. Nem mesmo Aquiles.
Mas minha mais triste mágoa é pela morte de Heitor. Um homem que representa a figura extraordinariamente inspiradora de uma dignidade e humanidade comoventes.
Nenhuma outra historia reuniu tantas figuras arquétipas:
Príamo, o rei soberano, compreensivo e generoso.
Aquiles, sua bravura e sua vaidade indomável.
Heitor, e toda a sua dignidade e coragem.
Ulisses e sua astúcia e inteligência.
Agamenon e sua infinita prepotência.
Menelau e seu orgulho ferido, seu não-saber-perder.
Helena e sua beleza angelical e sedutora.
Páris e sua frivolidade.
Eis uma história atemporal, que discorre sobre personagens fantásticos que certamente existem, mesmo que em pequenas doses, em cada um de nós, e em todos os núcleos, seja hoje, ontem ou amanha.
Fico de fato feliz ao perceber que a preferência de minha filha recai sobre Heitor, me acalma a alma vê-la identificar em meio a multidão o que é um exemplo de coragem, “pois a coragem é característica humana por excelência sem a qual, nenhuma outra seria possível existir” (Aristóteles) .
Me deixa orgulhosa saber que ela compartilha comigo o mesmo pesar por Heitor: O simples mortal, o homem com seus valores, com sua coragem, o defensor de muralhas, o domador de cavalos, um herói sem artifícios.
Por que de Aquiles, esse mundo já está cheio.

domingo, 11 de julho de 2010


Opções


Eu conheço pessoas que amam sem nada pedir em troca.
Conheço irmãos que se abraçam, se beijam, e se querem um bem enorme
Conheço filhos que admiram os pais, embora os saibam com erros e imperfeições
Conheço homens fiéis e mulheres leais aos seus sentimentos
Conheço estranhos que dão de si mais do que conhecidos podem ser capazes de dar.
Eu conheço mães que abrem mão de suas vidas para criar seus filhos, e não se sentem mal por causa disso.
Conheço vários mundos e vários seres humanos e sei que existe um pouco de mim em todos eles: nos bons e nos maus porque ninguém é totalmente certo ou errado. Somos complexos demais para nos simplificarmos como mocinhos ou vilões, feios ou bonitos, morais ou imorais.
Eu conheço pessoas que adotam gratuitamente uma amizade e se dedicam a ela.
Conheço pessoas que se visitam, se fazem próximas
Conheço amigos que primeiro oferecem e depois nem se lembram de cobrar de volta
Conheço cães companheiros de uma vida toda
Eu conheço adultos que acreditam que existe sim um velhinho que no final do ano se esmera para dar presentes a quem não tem de quem recebe-los
Conheço crianças que aprenderam consigo mesmas a ser solidárias e a estender a mao ao amigo caído
Conheço famílias unidas que se respeitam e se admiram, que bebem, que dançam, que cantam e que riem, riem muito e são felizes
Conheço gente que se entende muito bem, embora sabendo que assim como ele, todos tem defeitos e imperfeições
Conheço vários mundos e vários seres humanos e pelo meu poder de opção,

Eu escolhi só falar dos bons, das coisas boas, da felicidade que eles podem proporcionar
Eu tenho escolhido viver pela paz, sem hipocrisia, sem falso moralismo e sem criticar ninguém.
Eu tenho entendido que apontar o defeito do outro, nunca me tornará melhor que ele
E que aquilo que não me serve, pode servir a outros e portanto, não deve ser depreciado.
Eu conheço vários mundos e vários seres humanos
E já vivi o bastante para entender que pra ser feliz de verdade,
Temos que saber fazer as escolhas e opções corretas.
E eu sempre optarei pelo lado bom que ainda resta em cada um de nós,
E pelas manhãs de domingo de sol, paz e poesia.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

  

PARA O HOMEM QUE AMO: (PORQUE ELE FAZ COM QUE EU SINTA UM ACRÉSCIMO DE ESTIMA POR MIM MESMA...)




"TINHA SUSPIRADO,


TINHA BEIJADO O PAPEL DEVOTAMENTE

ERA A PRIMEIRA VEZ QUE LHE ESCREVIAM

AQUELAS SENTIMENTALIDADES

E SEU ORGULHO DILATAVA-SE AO CALOR AMOROSO

QUE SAÍA DELAS.

COMO UM CORPO RESSEQUIDO QUE SE ESTIRA NUM

BANHO TÉPIDO

SENTIA UM ACRÉSCIMO DE ESTIMA POR SI MESMA

E PARECIA-LHE QUE ENTRAVA ENFIM NUMA

EXISTENCIA SUPERIORMENTE INTERESSANTE

ONDE CADA HORA TINHA O SEU ENCANTO DIFERENTE

CADA PASSO CONDUZIA A UM ÊXTASE

E A ALMA SE COBRIA DE UM LUXO RADIOSO DE

SENSAÇÕES.”







EÇA DE QUEIRÓS, ( O PRIMO BASÍLIO)