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sábado, 22 de maio de 2010

CURIOSIDADE INFANTIL



Pedro Bloch, para quem não se lembra , nascido na Ucrânia, naturalizado brasileiro, foi um médico foniatra, mas foi também jornalista, escritor,compositor, dramaturgo e sobretudo, um observador das coisas pequenas. Lembro de uma revista que tinha uma coluna com as pérolas das crianças. Sei da existência de um livro dele, chamado

Dicionário de Anedotas de Crianças para adultos. Não cheguei a ler, mas tenho certeza que minha filha traria exímia contribuição para aumentar as páginas de tal livro.

Há alguns anos, num desses momentos de papo furado, onde normalmente crianças de 6 anos costumam perguntar como os peixinhos respiram dentro d’agua, ou como os bebês não morrem quando a cegonha os joga lá do céu, eis que surge a pergunta:

-Mamãe, o que é AIDS?

Pensei em apelar pra estratégia do: Vamos fazer brigadeeeeeeeeeeiroooo? Pois achava que era um pouco cedo pra explicar sobre Aids pra ela. Mas seus olhinhos curiosos e ávidos de saber impediram-me de sabotá-la.

-Aids é um vírus que faz com que a imunidade de nosso corpo fique fraca, e qualquer doença, até mesmo uma gripe, pode matar. Você sabe o que é imunidade, né?

-Sei...são os soldadinhos que quando eu não quero comer, ficam fraquinhos e não conseguem lutar contras as doenças.

-Sim, isso mesmo.

-Nooossa, mãe, mas então Aids mata! Mas se é um vírus, como se pega esse vírus?

-Pela contaminação através do sangue, ou através de relações Sexuais.

-Como assim, pelo sangue?

Nesse momento, fiquei um tanto aliviada por ela não ter perguntado: como assim, através de relações sexuais? Apesar de termos sempre longas conversas sobre sexo. Fazer o quê, se ela não se interessa pela respiração dos peixinhos?

-Se você estiver com um machucado aberto, e a pessoa que tiver o vírus também tiver um machucado aberto e houver contato, a pessoa pode transmitir o vírus pra você.

-Nooooossa.....

Seus olhinhos brilhavam cada vez mais, e corriam de um lado para o outro, tentando assimilar sem grandes traumas, que no mundo, existem coisas ruins mesmo....Eu apenas a observava...

-Mas mãe, se é um vírus, a primeira pessoa que se contaminou, pegou esse vírus como?

É, ela não para, não adianta....

-Dizem que o vírus da Aids surgiu com os macacos, lááá na África.

Longo silêncio se seguiu, os olhinhos dela circularam mais rapidamente ainda. Depois veio a expressão de tédio pelo mistério sem solução. Aí , a iluminação, seguida da pergunta:

-Quer dizer então, que.....alguém foi pra África...e....TRANSOU COM UM MACACO???????

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Diálogo Surreal entre dois amigos

.
- To com soluço.

-Segura a respiração que passa, ó, faz assim (fazendo um barulho absurdo de quem ta puxando e segurando o ar para explicar)

-Olha como que eu faço! (silêncio)
Alguns minutos se passam e eu me distraio com a leitura e quando volto a ouvi-los....

-Vai , tenta, vc tem que colocar as mãos pra trás como se fosse a asa, abaixar mais o corpo....

-assim?

-é, agora vc tem que sair andando....ééé, é por aí...

-E Orangotango?

-Ah, aí é uma jogada do corpo, né, os braços deles são grandes, quase batendo no chão..
(Aí eu ouço a Lívia soltando uns grunhidos, que são encarados na maior naturalidade por seu professor...)

-Ai, peraí, eu tenho que exercitar esse joelho, não tenho? Xú, como se forma o ovo dentro do corpo da galinha? (não to acreditando no tamanho da digressão, mas me controlo. Quero ouvir e não posso perder a concentração, senão eu rio e aí os pontos doem..)

-É formado por um tipo de calcificação da galinha, Lica.

Outro momento de distração e quando retorno...

-Não, Lica, tesoura só corta papel.

-Sim, e papel embrulha a pedra! (segue um tal de joken-pô zilhoes de vezes e risos, muitos risos).

-O leão mata o homem, o homem mata a espingááárda...

-Espingáááárda, Lica? Pq vc fala assim?

-Ah sei lá. (e segue o tal do joken-po...)

-Ah! Ganhei!

-Como ganhou? Como o homem ganha da espingarda?Não rouba, Lica...

-Pq o homem manipula a espingarda, Xu, e porque é assim! (traduz-se: “E ponto”. Filha de peixe...)

Segue um tempo de silêncio. Ouço um som que me parece filme de cowboy, mas o papo é:

-Vc quer ser enterrada, Lica?

-Ah, sei La, eu tenho que levar um tempo pra decidir sobre isso. (pisciana sobrevivente...) E vc, Xu?

-Ah, eu quero ser cremado e uma parte das minhas cinzas jogadas ao mar e outra parte...

-Ta , entendi, vc quer ser cremado. (boa, boa, tem que sintetizar, menino!)
É uma pena eu não conseguir ouvir tudo...ele muda o canal, o som aumenta e eu não ouço nada...

- Ah, mas vc tem que fazer assim: troca por um cigarro mais fraco, até chegar no free light, aí vai diminuindo bem devagarinho, tipo, hoje vc fuma 20 por dia, amanha também, depois vc fuma 19 por dia, e assim vai.

-Ah, mas assim eu vou demorar 20 anos pra parar de fumar! (fraquinho esse argumento, hein...e ele trata de mudar de assunto :)

-Cafú. Lembra dele na copa, Lica?

-Lembro. ...Galinácea, o que é isso?

-Que vem da galinha (gente, outra vez a galinha?)

-Como eles conversam?

-Com a mente.

-Ela fala e ele ouve?

-Não.

-Como , então?

-Por telepatia.

-Ah, tá.

-Entendeu?

-Não, mas tudo bem, Xú, vou La ver a mamãe.

-E aí, como ela está?

-Diz que a barriga dói quando ela ri.

-E ela tá rindo?

-Tá.

-Do que?

-Sei lá. Disse que tava ouvindo um diálogo “surreal”. Só pode ser do Youtube..

-É...

-Xu, o que é “surreal” ?


(Escrevi esse texto já tem uns dias, e  agora, ao relê-lo, me emocionei muito ao perceber  que
Thiago , há vários dias, só tem fumado Marlboro Light....
Amo muito tudo isso. É , de fato, surreal ....)

PLÁGIO, POR MARLA DE QUEIRÓZ

O TEXTO ABAIXO É DE AUTORIA DE MARLA QUEIRÓZ,
ALGUEM QUE NAO CONHEÇO, MAS QUE ESCREVE COM A ALMA E FAZ ISSO MUITO FLUENTEMENTE.
O TEXTO FALA SOBRE PLÁGIO E DE COMO ISSO FERE UM ESCRITOR, SEJA ELE DE PRIMEIRA, QUINTA OU DÉCIMA CATEGORIA.  SE É NOSSO, DEVE SER CITADO COMO NOSSO. PLAGIAR É A PIOR FORMA DE PRESTAR HOMENAGEM , PLAGIAR É COMO ASSUMIR QUE EXISTE ALGO QUE FOI BEM FEITO, E QUE VOCÊ NÃO É CAPAZ DE FAZE-LO MELHOR. PENSE SEMPRE NISSO, E QUANDO FOR CITAR ALGO QUE NÃO SEJA SEU, CITE SEMPRE O AUTOR.







Quando alguém se apropria de um texto sem dar os créditos ao autor, essa pessoa se apropria de um momento, de uma história que a inspirou, da oscilação dos sentimentos, de trocas íntimas.Ela se apropria de uma transa, de um abraço, de uma vitória, de uma dor, de uma cura e de horas que foram dedicadas à elaboração daquilo. Ela se apropria de uma lembrança, de uma saudade, de uma angústia, de uma solidão, de um talento. Ela se apropria de algo que pode exemplificar exatamente o que ela queria dizer, mas que teria dito de outra forma.Ela não escreve uma história, ela escreve uma farsa.
Por mais que um texto meu pareça fluido ou que eu tenha “facilidade” em escrever, este é um ato solitário e de muita entrega. As palavras são temperamentais e, muitas vezes, arredias. Seduzi-las será sempre um desafio. Compartilhar um texto é um ato de generosidade, porque se compartilha, antes de tudo, uma nudez. E é essa honestidade que tantas vezes desanuvia o coração de alguém que descobriu que não está passando pela mesma situação sozinho. Compartilhar é uma forma de dar calor, de segurar a mão, de fazer um afago, de pedir colo. Por mais simples que seja um texto, ele sempre é fruto de muita leitura, estudo, autoconhecimento, conversa, observação e trabalho. Por isso, o autor merece respeito e consideração. Talvez algumas pessoas não saibam, mas textos são como filhos que a gente solta no mundo, mas todos eles têm uma certidão de nascimento, uma identidade, uma digital.E serão reconhecidos mesmo que desfigurados, porque têm DNA.





Marla de Queiroz

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A saga do Telemarketing :Totalmente "de grátis" !!!!

.

-Alô.

-Alô –Bom-Dia-Eu-gostaria-de-falar-com-a-sra-Luciane

-Quem fala?

-É do serviço de telemarketing dos CursosTabajara, ela está?

-Porque?

-É do Serviço de Telemarketing dos Cursos Tabajara, senhora.

-Ok,  isso eu ja entendi. Perguntei porque.

-Porque oque , senhora?

-Porque você quer saber se a senhora Luciane está .

-Como, Senhora?

-Como o que?

-Eu não entendi, senhora.

-Nem eu.

-Eu gostaria de falar com a sra Luciane, ela está?

-Porque?

-Senhora, porque eu gostaria de falar com ela.

-Porque? Quem garante que você não faz parte de um grupo desses de sequestro relâmpago e está atrás   de informações para me sequestrar depois?

-Como, senhora?

-Nao sei como!  Eu é que  vou saber como essas quadrilhas se organizam?

-Não, Senhora, sou uma atendente do serviço de telemarketing, Senhora.

-Digamos que eu acredite. E aí?

-É a senhora Luciane que está falando?

-Porque?

-Senhora, é que a Senhora Luciane acaba de ser sorteada e vai ganhar totalmente "de grátis" um
 curso de informática.

-Hummmm...totalmente "de  grátis", foi isso oque você me disse?

-Sim, totalmente "de  grátis",senhora. É a Senhora Luciane que está falando?

-Só um segundo.

(12 minutos depois...)

-Pronto. Voltei. Mas preciso te avisar que a partir de agora, nossa conversa está sendo gravada. Qual o seu nome?

-Como, senhora?

-Qual o seu nome, por gentileza?

-Meu nome, senhora?

-É, seu nome.

-Meu nome é Soraia , senhora.

-Com Y ou com I ?

-Como, senhora?

-Como Y ou com I?

-Com i senhora, mas porque?

-Porque o que?

-A senhora perguntou meu nome...

-Soraia de que?

-A senhora quer meu meu nome completo?

-Sim, completo. Porque voce está gaguejando, Soraia?

-Desculpe. É Soraia Campos, senhora.

-CIC e RG.

-Como,senhora?

-Moça, porque você fala “como, senhora” o tempo todo?

-Senhora...

-CIC e RG, são as normas para sua própria segurança, Soraia.

- Senhora, deixe-me falar da promoção...

-CIC e RG, Soraia, senão, não poderemos dar continuidade...

-Ok, senhora, anote: , CIC 19.876.678.30, RG 14.665.556 ssp/sp

(sim, ela passou CIC e RG, e nessa altura Soraia estava meio assustada...)

-Bem, então agora podemos continuar. Quero saber sobre o sorteio que ganhei e do curso de informática que ganhei totalmente de grátis.

-Então, senhora, seu nome foi sorteado e...

-Desculpe, Soraia, mas eu nem sabia que estava concorrendo a algo...Onde é que estava o meu nome pra ser sorteado?

-Na lista de cadastro de uma companhia telefônica, senhora.

-E essa companhia tem autorização para divulgar meu nome e telefone para que eu participe de um sorteio, mesmo que seja pra eu ganhar algo totalmente de  grátis?

-Senhora, eu ...

-Devo lembra-la, Soraia, que essa ligação está sendo gravada para nossa segurança, ok?

-Ok....

-E aí?

-Como, senhora?

-Como como, Soraia? De novo, esse como? Tá parecendo um cacoete seu, hein....e atendentes de telemarketing não devem ter vícios de linguagem....

-Desculpe, senhora, mas o que a senhora me perguntou? Estou ficando um pouco confusa....

-Perguntei se essa companhia telefônica tem autorização para divulgar meu nome e telefone, mesmo que seja para participar de um sorteio de um curso de inglês totalmente de grátis.

-Senhora, o curso é de informática.

-Não, vc disse inglês, Soraia.

-Não, senhora, é informática.

-Soraia, você está usando de má fé comigo, só porque no momento em que anunciou o curso eu ainda não estava gravando, NE?

-Não, senhora, o curso que a senhora ganhou inteiramente de  grátis é de informática.

-Ok, Soraia, era só isso que eu precisava que você repetisse para que ficasse registrado.

-Como, Senhora?

-Soraia, vamos dar andamento a esse atendimento.

-Sim, senhora.

-Quero saber como a empresa telefônica teve autorização para dar meu nome e telefone pra vcs.

-Senhora, eu não tenho essa informação.

-Entao espere um instante, Soraia, que vou anotar no papel que a atendente de telemarketing Soraia Campos, CIC 19.876.678.30, RG 14.665.556 ssp/SP não soube me informar sobre o premio que ganhei.

-Mas senhora...

-Aguarde na linha, Soraia, vou pegar a agenda pra anotar mais essa observação, nem pense em desligar, tenho seu nome completo, CIC e Rg  e sua ligação é muito importante para mim!

(10 minutos depois...)

-Voltei Soraia.

(Soraia estava muda do outro lado da linha...)

-Soraia?

-Sim, Senhora.

-Pode me explicar agora sobre o premio que ganhei inteiramente de grátis.

-É só a senhora passar aqui na Tabajara’s Informatica para assinar os papeis. (Já falando rápido pra finalizar o atendimento e ao mesmo tempo,sem conseguir esconder seu desâmino e aborrecimento..)

-Eu passo aí, assino os papeis e começo a fazer o curso?

-Senhora, para poder usufruir  do curso inteiramente grátis, a senhora terá que se inscrever no curso de idiomas e comprar o material também.

-Como é que ééééééééééé???

-Para pode usufruir do curso de informática, a senhora terá que se matricular em um dos cursos de idiomas que temos e comprar o material, senhora.
(Soraia falava baixo, dava para imaginá-la cabisbaixa, mão no queixo, olhar distante...)

-Não, Soraia. Eu quero meu premio que ganhei totalmente  de grátis.

-Senhora..

-Não tem senhora, nem meia senhora,vc me ligou, tomou meu tempo, disse que ganhei um premio totalmente de grátis e quero o premio totalmente de gratis.

-Mas senhora, paraterdireitoaopremioasenhoratemquepagarpelomaterialeaindamatricular-senumcursodeidiomas, senhora!

(Soraia estava auditivelmente alterada)

-Não senhora!!! Eu quero minha parte do grátis, Soraia!

-Senhora...(Soraia ameaçava um quase choro a essa altura)

-Soraia, vou aí fazer o curso sem o material mesmo. Sou praticamente autodidata e quanto ao curso de línguas, matricule-se você. Eu já sou poliglota. Morei em todas as partes do universo intergalactico, não preciso de curso de língua nenhuma e não quero, não quero, só quero meu premio, Soraia.

-Senhora, por favor..... (tenho certeza que era um chorinho de leve que eu ouvia ao fundo....)

-Você disse que eu ganhei um premio totalmente de grátis e se é totalmente, não está atrelado a nada. Totalmente, Soraia, é sem nenhum obstáculo, é total!!!!

-Senhora, por favor....

-Por favor o que , Soraia? Em que posso te ajudar?

-Senhora, eu posso retornar a ligação mais tarde? Estamos com problemas no sistema operacional.

-Sei, mas qual o melhor horário pra eu te encontrar aí no serviço de telemarketing, Soraia? Alô? Soraia?? Soraia, minha querida....Soraia??????

(aí sim eu ouvi nitidamente uns urros entre um choro compulsivo seguidos finalmente pelo Bip...Bip..Bip...Bip..Bip... Imagino que Soraia, depois dessa, pediu demissão e foi fazer um curso livre de brincos e pulseirinhas de couro pra vender na Praça da Sé. Mas , como o mundo é um ovo de codorna, pode ser que a Soraia leia essa crônica e se lembre do ocorrido, pois o primeiro nome, não é fictício: é Soraia mesmo. Então, caso isso aconteça, vai aí meu recado: Soraia,onde quer que voce se encontre,  tá suuuper barato pra fazer um 21!  Me liga, hein! )

segunda-feira, 17 de maio de 2010

RELICÁRIOS DA NOSSA INFÂNCIA!

ESTOU POSTANDO AS MINHAS MELHORES RECORDAÇÕES DE COMERCIAIS.
EMBORA EU VEJA E CHORE, ESPERO QUE VOCÊS SE DIVIRTAM!!!!

LACTAI - I'll do my crying in the rain :

SOY LOCO POR PIPOCA E GUARANÁ!

FABER CASTEL



SUA COMPANHIA PARA LER, DESENHAR E PINTAR

GELOL

COCA COLA

FABER CASTEL

PARMALAT

ELES CRESCERAM.....

Parmalat 2

E PRA FECHAR A SESSÃO NOSTALGIA....

NAO CONSEGUI ACHAR A PROPAGANDA, MAS SE ALGUÉM CONSEGUIR, GANHA UM POEMINHA!
VAI ENTÃO O TEXTO, QUE A DAVIANE IMITAVA TOOODA VEZ QUE A GENTE PEDIA, E FAZIA CARINHA IGUALZINHA DA MENININHA! AÍ VAI!

" Mãe, eu não sou gente grande.
Olha a minha pele:
Ela é tãããão macia!
E tem dobrinhas que a sua nao tem.
E o meu cabelinho,
Também não é igual o seu!
Passa a mão pra voce ver como é fininho!
O que eu preciso, são dos produtos da Mônica!
Eles são feitos só pra mim!
Eu gosto taaanto deles!
Ah, mãe, me faz esse carinho ?!"

http://radioglobo.globoradio.globo.com/planeta-rei-nas-ondas-da-globo/2010/05/13/MAE-ME-FAZ-ESSE-CARINHO.htm

DEPUTADA CIDINHA CAMPOS


(Meus agradecimentos ao Tio Pedro, que me enviou esse vídeo)



NUNCA SENTI PRAZER EM FALAR SOBRE POLÍTICA.
POSSIVELMENTE PORQUE SOU DAQUELE TIPO DE PESSOA QUE FICA NERVOSA AO ASSISTIR O FRAJOLA QUERENDO COMER O PIU-PIU, TENHO AVERSÃO A VER ROCK , O LUTADOR E AQUELE FILME....ANTES SÓ DO QUE MAL CASADO, COM BEN STILLER, ME DEIXA NERVOSA COM AQUELA TEIA DE MENTIRAS QUE PARECE NAO TER FIM.
MAS ESSE VIDEO, EU PRECISO PUBLICAR.
QUISERA QUE ESSE BLOG FOSSE TÃO POPULAR QUANTO AO DA BBB QUE FAZ XUPETINHA EMBAIXO DO EDREDON PARA ALEGRIA DO BRASIL INTEIRO, PELO MENOS EU SABERIA QUE MILHARES DE PESSOAS TERIAM ACESSO A ELE.
MAS SE UMA UNICA PESSOA VIR ESSE VIDEO E DELE TIRAR ALGUM PROVEITO, JÁ ME DAREI POR SATISFEITA.

E PONTO.

sábado, 8 de maio de 2010

CICATRIZES

(Meus agradecimentos à Bordunga, que gentilmente me enviou o vídeo)




Quando eu era criança, ou pra ser mais exata, quando meu HD era praticamente vazio, vivia esfolada. Era um galo na testa, tampa do dedão estraçalhado, bicho de pé, bicho geográfico , e meu joelho vivia invariavelmente ralado. E quando eu caía, era ali, bem ali, que machucava. Lembro da minha mãe dizendo: Mas tinha tanto lugar pra você machucar e foi cair justo com o joelho machucado?
É que fui apresentada desde pequena à Lei da Desvantagem, minha companheira íntima.. Além do quê, eu não sabia como deixar o joelho em casa e brincar somente com o resto do corpo são. Isso era coisa pra Mulher Maravilha, com sua bota vermelha e capa com a bandeira americana.Eu não dominava essas técnicas .
O fato é que eu ficava gripada sempre na véspera de sairmos de férias e sempre, sempre na volta às aulas, pegava piolho. Uma vez tive a idéia piromática (sim, acabei de inventar a palavra. Anote e manda pro aurelioonline acrescentar lá) de lascar fogo num pedaço de plástico preto que cobria algum móvel do quintal. Óbvio , pegou fogo e caiu uma gota desse plástico derretido onde? Bem em cima do meu dedo. O anelar ficou com um mapa do Brasil de ponta cabeça. Achei lindo aquilo.
Um dia meu mico fugiu. Fiquei doente, tive febre, aquelas coisas todas de criança xarope. O mico voltou, acharam o mico. Quando fui pega-lo, como sempre fazia, ele simplesmente fez o que? Mordeu meu dedo. Foi quando o pai de todos resolveu acompanhar o anelar. O mico , não sei que fim teve , mas seus dentinhos ficaram pra sempre eternizados na minha pequena mão de menina.
O tempo passou e outras cicatrizes foram surgindo....danos fatais de momentos vivenciados que me fizeram chorar, e deixaram devidamente registrado em meu corpo a sua passagem por mim. Evidente que não gosto de cicatrizes pelo conceito estético, não sejamos hipócritas. Mas orgulho-me de cada uma delas. Porque eu fui, eu dei a cara tapa, subi mesmo no pé de goiaba pra não tomar benzetacil na bunda, matei galinha a pauladas, pulei fogueira em festa junina, dei uma banana pra hipocrisia que assola o universo e tratei de ser feliz e se isso me trouxe marcas, essas marcas me lembram que eu de fato, vivi!
Mas confesso que existe um tipo ainda mais amargo de ferida: são aquelas que levamos na alma. São essas as mais profundas, as feridas que vão fundo, as cicatrizes do mundo. A bofetada que mais machuca, não é aquela da briga na saída da escola, mas sim a vinda de alguém que amamos, que sempre quisemos proteger, defender, estender a mão. Essa faz nascer as cicatrizes que causam vexame a estética interior! A essas cicatrizes, não há recursos, não há plásticas ou maquiagem que dê jeito. A gente leva junto. Pra todo canto do mundo, ela estará lá. Nos momentos de alegria, ela estará lá. Nos momentos de solidão, ela estará lá.
Mas isso também não é ruim....Porque enquanto as cicatrizes do corpo nos contam historias da vida vivida e das dificuldades superadas, as cicatrizes da alma nos lembram que devemos sim, perdoar sempre. Mas guardar o nome pra inclui-lo na lista de orações diárias, para que os formadores de cicatrizes de plantão sejam muito felizes. Muito, muito longe de mim. Amém.

terça-feira, 4 de maio de 2010

. . . . " SAUDADE DÓI, MÃE..."

ANTES DESSA CONVERSA, ESTÁVAMOS COM A CAM LIGADA, MAS O CHORO IMPEDIU QUE CONTINUÁSSEMOS:

Daviane ... Em paz! diz:
to saindo
So vou dizer a ultima frase dela agora:
“EU to com saudade da Lú que não passa a dor.
não para de doer, mãe”

Luciane diz:
AI MEU DEUS,,,,,

Daviane ... Em paz! diz:
estamos soluçando...

Luciane diz:
Eu também.
Diz que eu amo, e que não me conformo de ter acontecido justo agora.
Saudade dói, Sarinha, dói aí e dói aqui mamém! MAs a gente vai matar essa malvada dessa saudade...

Daviane ... Em paz! diz:
“mãe.. eu to chorando, e não é que nem eu choro quando eu não quero comer comida, mãe..
agora eu to chorando pq não passa a saudade, mãe, tá doendo...”

Luciane diz:
ai, meu Deus...

Daviane ... Em paz! diz:
ta me dando falta dar
juro por deus
to indo deitar com ela

Luciane diz:
tá, o ar tá difícil de entrar..

Daviane ... Em paz! diz:
hj o Burga dorme na sala
fico com ela
Xau...

Luciane diz:
Durmam com Deus, não esquece de explicar a ela o quanto eu queria poder ir...e que a festa dela será a mais linda, e que ela é minha Barbie Butterfly preferida, de asas rosa e roxo, muito roxo.

Daviane ... Em paz! diz:
pode deixar
fica bem também e se cuida
xau

Luciane diz:
Tchau...

POR MAIS DIFÍCIL QUE SEJA A VIDA, E SE NÃO TIVESSE MAIS NENHUMA ÚNICA ALMA NO MUNDO QUE ME AMASSE, EU VIVERIA FELIZ E HONRADA, ATÉ O ÚLTIMO DIA, PORQUE SEU AMOR, SARINHA, ME ALIMENTA A ALMA. NÃO CHORA, MEU BEM....E NUNCA SE ESQUEÇA QUE VOCÊ É MINHA OURO BRANCO E QUE EU TE AMO, E A SAUDADE DÓI NO MEU PEITO MAMÉM....

domingo, 2 de maio de 2010

Uma fase tipo assim...Deprê! ( Parte IV)

ADAPTAÇÕES


s.f. Ação de adaptar; resultado desta ação. / Arranjo, adequação de uma obra estrangeira que, além da tradução, implica modificações do texto original. / Correspondência, nos seres vivos, entre a forma e a estrutura de um órgão e suas funções: adaptação das patas do cavalo para a corrida. / Integração de uma pessoa ao ambiente onde se encontra: a adaptação escolar de uma criança. / Esforço para realizar esta integração: a inteligência humana é uma constante adaptação. // Adaptação ao meio, ação modificadora dos fatores externos sobre o comportamento e a estrutura dos organismos vivos: adaptação das plantas ao clima seco.

Esse é um tema interessante para o atual momento...
Incrível como a gente se adapta, né mesmo?
Na primeira vez que me furaram pra colocar o soro, eu pedi delicadamente: Ai, por favor, poe com carinho, viu? Depois da quinta injeção, a conversa mudou um pouquinho: Vai-te à merda e leva essas seringas junto que eu já to mais pra uma peneira do que pra uma menina!
Aí tem o lance dos medicamentos de 5 em 5 minutos. Enfermeiros educados batem a porta, abrem devagar e dizem: Dá licença? Preciso te acordar pra poder medica-la.
E você responde: Ah, imagina, eu nem tava dormindo!
Lá pelas tantas, quando ele pede licença pela 1.000ª vez, você já perdeu a educação e responde: Viu,dispensa esse line-up, me traz um doce, que to saindo do chill-out e vou cair na vibe do rebolation, afinal, a noite É realmente uma criança. Com insônia.
Você não entendeu? Mas os enfermeiros entendem.
Ah, não posso me esquecer da saga da comadre. Pra mim, até pouquíssimo tempo atrás, fazer xixi na comadre era dar uma passadinha na casa da Téia. Hoje sei que não é bem isso... Voce levanta a cabeceira da cama através de um painel digital igualzinho ao da cama da Luciana, pega o controlinho lá e bipa a enfermaria e lá vem ele, o enfermeiro novamente, aquele que não te trouxe o doce, mas muito solícito, está ali a sua disposição: Quero fazer xixí, vc pode me ajudar a levantar da cama?
Não, infelizmente você hoje não  levanta.Vou pegar a comadre, tá?
Gente, como assim, pegar a comadre? Menino, minha comadre mora em Bauru, tem marido, filhos, emprego....Não, você vai fazer xixi na comadre. Pode deixar que eu te ajudo.
Viu....visualizou? Imagine essa criatura que vos escreve, envolvida num pânico duplo, triplo, de ter que mostrar a bunda a um estranho, fazer xixi deitada e ainda por cima em algo que se chama comadre. Botei-me a chorar, claro! Afinal, em situações emergenciais, costuma funcionar.
Máá quêê, máá Váá ! A logística de um hospital não permite esse tipo de solidariedade. Foi então que fui obrigada a aumentar a minúscula lista de homens a me ver peladona.
Fiquei chateada,mas em poucas horas, a lista estava maior que a de Schindler e já não havia em mim nenhum tipo de pudor, nem vergonha nem nada.
Mas o problema de fazer xixi deitada é simplesmente inenarrável. Só quem passou é que sabe. A pobre criatura chega a ficar horas ali, filosofando, entra enfermeiro, sai enfermeiro e nada. Até que um de paviu mais curto entra e diz: Se você não consegue, vou ter que colocar a sonda. Homem rapáiz, que o xixi saiu foi na mesma hora! Vá de retro com essa sonda...Não tava mesmo me faltando nada.....
Eu que penso! Era só uma questão de esperar o dia amanhecer.....



A ALTA




Eis que o dia amanheceu, mas não foi em paz.
Mas  fiquei tão feliz em poder fazer xixi no vaso solitário!   ( Jo, preferia que fosse no seu, à luz do sol, mas sendo sentada já estava de bom tamanho!)
Tomei meu café da manhã que nada mais era que leite, café, um micro pão de leite e um pedaço de bolo. Um verdadeiro banquete para quem estava sem comer há mais de 40 horas. Me lembrei da companheira do dia anterior e “carquei açúcar” no pingado.
Tomei meu banho, nem há palavras pra sensação maravilhosa que é sentir a água caindo quente sobre seu corpo...Lava a alma!
Estava lá, calma e mansa como sempre, peladona, escovando os dentes,já que dentro do banheiro, imagina-se haver uma certa privacidade! E por causa dos pontos, queria me secar sem me mexer muito, sem muita fricção. Eis então que surge o médico.
Assim, na maior naturalidade, como se estivéssemos em Tambaba ou Woodstock, ele entrou, ignorando totalmente a situação em que me encontrava, e disse: Gisele, acabou a mamata. Você está de alta. (eu gostava dele me chamar de Gisele, pois parecia que nem era comigo....)
Ai que pena, né, que acabou a mamata...Vou ter que me despedir dos enfermeiros, da cama da Luciana, e até mesmo da querida comadre....Claro que na hora, não pensei em nada disso, pois estava tentando agir com naturalidade, tentando alcançar despretensiosamente a toalha e me cobrir um pouco que fosse.
O médico foi, a vergonha permaneceu. Mas logo pensei: Meeeo, se metade dos enfermeiros já viram sua bunda, o que é que tem o médico também ver? Mais uma vez me lembrei da companheira de quarto : pra quem tá cagada mesmo, o que é que tem sentar na bosta?
Me sequei, me vesti, me despedi de todos e fiquei feliz ao ver a carinha do meu mau humorado preferido me esperando com um sorriso.
A meus poucos leitores, que lêem, se cansam, detestam ou adoram , mas quase nunca deixam coments, fica minha exclamação: como é bom comer!....como o cheiro do café pela manhã é deliciante!...Como é bom poder se levantar pela manhã!....como é bom tomar banho! Não, vamos combinar que banho é tudo de bom nessa vida, né?
Como é bom poder conversar , olhando dentro dos olhos das pessoas e poder ver sua beleza de fora e de dentro!... Como é bom deitar-se cansada pelas atividades do dia!... Como é bom fazer xixi sentada!
E foi sobre essas adaptações ,que muitas vezes somos forçados a encarar, que esse texto discorreu .
E por mais difíceis que elas sejam (e são!), no final, o que podemos constatar é que viver é bom! Nós é que não prestamos atenção.


(PRECISO DE UMA BANANA SPLIT)

Uma fase tipo assim...Deprê! ( Parte III)

AS MENTIRAS QUE O POVO FALA
-Não é nada grave, mas vamos operar imediatamente.
-Isso não é nada...amanha mesmo você estará ótima!
-Você ainda vai rir muito disso tudo!
-Nossa, você está ótima!
-Não vai doer nada.
-Eu te amo e amo tudo em você. Vou amar a sua cicatriz também!
-Ah, nem ta doendo tanto assim, NE? Fala a verdade...
-Com minha vizinha aconteceu a mesma coisa e em 2 dias ela já estava trabalhando!
-Não, esse remédio não vai te engordar nada!
-No máximo, vc engorda o que? Uns 3 quilos...
-É uma cirurgia simples....
-Vai durar no máximo 40 minutos!
-Eu sei o que você está passando...
-Essa cicatriz aí? Em 6 meses desaparece!
-Não, amor, você não está dando trabalho nenhum! Trabalho é.... é outra coisa!
-Se você não levantar a cabeça e não conversar, não vai sentir ânsia, fica tranqüila.
-Você está de alta. Já tá pronta pra outra!


Valha-me Nossa Senhora, perdoe esse povo mentiroso da gôta..


(PRECISO DE UM LEXOTAN...)

Uma fase tipo assim...Deprê! ( Parte II)

                           HOSPITAL

Se um dia eu resolver escrever um livro, vou fazer plantão num hospital.

É incrível a metamorfose que as pessoas sofrem num quarto de hospital. A solidariedade, a necessidade de falar, de contar sua vida a estranhos...O que se fala e o que se ouve num quarto de hospital, nem 10 anos de terapia conseguem suprir. Lá a gente constrói grandes e sólidas amizades, mesmo que elas durem pouco mais de 24 horas. Menos, até.
Conheci uma criatura bem interiorana, até mais do que eu. Com alguns dialetos que eu desconhecia, engraçadíssimos: “Carca açúcar no meu café, eu já to cagada mesmo, o que é que tem sentar na bosta?” Graças a Deus, essa foi antes da cirurgia, pois pude me contorcer de tanto rir por metade da madrugada até ao meio dia, e ela me ajudou muito a espantar os fantasmas , e suas histórias me distraíram tanto....me fez pensar em como exigimos tanto do outro e de nós mesmos para podermos ser feliz, enquanto para muitos, a felicidade é, de fato, uma questão de escolha.
Me contou sem mágoas ou indignação que vivia um casamento de 30 anos com alguém que não amava, e nem era amada por ele, mas se tratava de um homem muito bom: nunca bateu nela.Nunca deixou nada faltar e embora não se dêem muito bem, eles moram junto, na mesma casa!
Me falou das agruras que é ter um filho indo embora, e não poder cuidar mais dele como sempre fez, saber que ele passa dias com sanduiches e frutinhas, por não ter tempo pra se alimentar direito....Mas afinal, ele é muito inteligente, está estudando pra ser juiz e isso é lindo também.
Contou que na cidade onde mora, se você peida numa esquina, na outra, já virou disenteria e que até o padre se bota a palpitar na vida da gente e nos obriga, o-bri-gaaa a ajudar na quermesse, que absurdo. Esse é o mal das cidades pequenas. Disso eu bem sei...
Essa me ensinou que a vida não precisa de complicações, que viver é simples, e que ser feliz é uma questão de escolha.
Que devemos escolher ser feliz dentro da vida que temos e pronto, sem maiores aspirações. Quando voltei do C.C, ela já havia recebido alta, e me emocionou muito receber uma ligação dela no final da tarde, para saber se eu estava bem. Ai, ai, eu escrevo e choro. Estou valendo menos que uma Simba quente.
Na madrugada sem fim, quando consigo finalmente uma posição pitagoricamente calculada que me permite dormir, eis que surge uma grandalhona, com uma daquelas coleiras no pescoço pra me fazer companhia. Vai saber o que se passou...Um acidente, talvez. Nem quis saber.Ema, ema, ema, vamos correr atrás e quem sabe consigo alcançar aquele sono novamente.
Que nada.Já era.Resolvi , por caridade a ela e pra passar o tempo, engatar um papinho despretensioso com a imobilizada, que não pregava o olho nem por um instante sequer.
Era uma professora de Lingua Portuguesa. Com essa não teria problemas com as conjugações ou com palavras inexistentes, pensei.
Não nos vimos, pois quando ela entrou, eu estava assonada, quarto a meia luz.Ela, por sua vez, imobilizada como a Luciana assim que sofreu o acidente em Petra, só era capaz de enxergar a luminária que ficava em cima da sua cama. Mas gente, que conversinha boa foi aquela. Prometi a mim mesma convidá-la para um choppinho , pois se já foi bom ,estando as duas numa cama, imagine um happy hour num desses barzinhos da vida.
Essa me contou uma história de amor, que falava do poder do destino e da esperança em dias melhores.
Foi apaixonada por um sujeito e por umas dessas razões bobas da vida, acabaram se perdendo. Casou. Gostava, mas não amou como amou aquele sujeito. Enviuvou cedo. Reencontrou o velho e único amor e sim, viveram felizes para sempre, porque o sempre é agora.E são sempre felizes.
É claro que sintetizei bem,já que ela falava muito e detesto escrever textos imensos. Um detalhe: Ela operou alguma coisa que a anestesia não me permite lembrar agora, mas fica na parte posterior da nuca, e o corte foi feito na goela. Suas cordas vocais foram afastadas para que se pudesse manipular o tal problema da nuca . E mesmo assim, ela falava como nunca. Amei!
E amei mais ainda quando ela telefonou a seu pai e se dirigiu a ele assim : Oi papai, já estou bem, viu?Diga pra mamãe ficar sossegada.Claro que estou podendo falar, papai!E o senhor acha que eu agüento ficar calada?.
Acho fofo quem chama os pais dessa forma.
E ela, realmente não agüenta ficar calada.Mas sabe o que fala , e preencheu minha pequena vida naquele quarto a ponto de eu lamentar quando recebi alta.
Ao nos despedirmos, finalmente nos vimos direito e ela ainda disse: Você é linda! Veja você, como ninguém é perfeito mesmo....que criatura no mundo me acharia linda, toda inchada, acabadona, sem chapinha nem nada....Mas mesmo assim a perdoei e a levarei comigo, pode ter certeza disso.
Acho que são essas pessoas que dizem ser anjos que Deus envia pra nos dar algum alento nos momentos difíceis.Espero , sinceramente, também ter conseguido de alguma forma, trazer-lhes algum tipo de alegria...

(PRECISO DE UM SUPORTE PARA NOTE BOOK..)

Uma fase tipo assim...Deprê!

Toda mulher ao chegar aos 30, deveria ter direito garantido pela Constituição Federal a no mínimo 2 lipos, um peeling e uma semana em Porto de Galinhas. 
Chegando aos 40, então, as lipos seriam apenas coadjuvantes das plásticas, liftins, botox, 1 semana no melhor SPA de São Paulo e quinze dias na Grécia.
Te parece fútil? Futilidade é o cacete! Desconsiderando (algumas) caminhoneiras, toda mulher é vaidosa sim, e isso nada tem a ver com futilidade, meu bem. Mesmo porque, se a sua mulher esbarangar ...(não estranhe o termo. Ele existe e é uma constante no meu vocabulário e você perceberá isso se seguir esse brógui)....se sua mulher esbarangar, você, inevitavelmente vai olhar pros peitos das outras, as fúteis.
A verdade é que idade tem a ver com a decadência da nossa saúde, e isso pega mais ainda do que a vaidade feminina, embora esteja intrinsecamente ligada a ela.
Quando adoecemos, um turbilhão de pensamentos toma conta da gente. Ficamos sensíveis, emotivas, viramos filósofas, a melhor e a pior das criaturas, percebemos que de fato, o mundo é um lugar injusto, divagamos sobre as desigualdades sociais, o poder do dinheiro, e fazemos tudo isso com muita seriedade!
Depender da bondade do outro, é uma coisa que incomoda. Putz, como incomoda você perceber que está dando trabalho! É aí que entra o que eu vivo falando por aqui: o ser humano perdeu o hábito de se dar, e portanto, não sabe receber. E quando percebemos a indiferença de algumas pessoas, a gente chora. Mas quando percebemos o amor e a preocupação de algumas pessoas, a gente também chora.
Acho mesmo que nós,homo sapiens sapiens, estamos entrando numa tremenda depressão coletiva , já que sabemos que sabemos. Essa consciência de que temos consciência implica não apenas cobrar o outro, mas cobrar a nós mesmos.
Tá vendo? Eu sabia que ia dar nisso. Por isso não queria escrever. Meu humor sai de férias enquanto eu me explodo. É um filho de uma égua manca. No momento em que mais preciso dele, fico na mão.
Façamos o seguinte: Acredito que as apresentações dessa nova e curta fase, já foram feitas. Partamos agora para os pequenos fragmentos, os capítulos à parte. Mas isso, vai ficar pra amanha. Por hoje, já esforcei demais esse pobre coitado e dilacerado abdome, que até semana passada tava durinho, lindo, lindo...


(PRECISO DE UMA PLÁSTICA...)